quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desigualdade social atinge menor nível desde os anos 60

O estudo foi feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad - IBGE) - com dados de 2004 - e indica que o país vem avançando desde o início da década na redução das desigualdades entre pobres e ricos.

A pesquisa aponta também que, em 2004, a renda média do brasileiro cresceu 3,6%, enquanto a renda dos mais pobres chegou a crescer 14,1%.

Elaborada pela FGV, em parceria com pesquisadores do International Poverty Centre da Organização das Nações Unidas (ONU), a pesquisa é denominada "Crescimento Pró-Pobre: O Paradoxo Brasileiro" e será apresentada pelo professor Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.

Em entrevista à Agência Brasil, Neri afirma que o levantamento mostra que a queda da desigualdade ocorrida em 2004 dá seqüência a uma tendência de melhora na distribuição de renda que vem ocorrendo desde 2001.

"A última Pnad mostra que o bolo se tornou mais bem distribuído. Mas nos últimos dez anos, o crescimento da renda para o total da população deu ‘bolo’ nos brasileiros. É uma situação até certo ponto paradoxal: neste período, em média, a renda da população brasileira, como um todo, caiu 0,63% ao ano; enquanto o rendimento da camada mais pobre chegou a crescer 0,73% per capita – ou seja: já descontado o crescimento populacional."


As informações são da Agência Brasil.

Educação é 2º fator de desigualdade social, diz Ipea

A educação é o segundo fator para a desigualdade entre ricos e pobres no Brasil - perde apenas para o acesso à cultura. A conclusão é do estudo Gasto e Consumo das Famílias Brasileiras Contemporâneas, divulgado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O trabalho aponta que as famílias mais ricas gastam 30% a mais que as mais pobres e que quanto maior a renda per capita e o nível de escolaridade dos chefes de família, maior a parcela das despesas com educação.
De acordo com o estudo, os gastos com cursos de pós-graduação são praticamente nulos entre as famílias mais pobres do Brasil. Outro indicador de desigualdade é que as despesas das famílias mais ricas com cursos de idiomas superam em até 800 vezes as das mais pobres.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Desigualdade social influencia escolaridade, diz UFRJ

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra o aproveitamento escolar de crianças que vivem em favelas é menor que o das que vivem fora da favela e têm as mesmas condições sociais.

O levantamento também aponta que crianças que moram em favelas próximas a áreas mais ricas têm uma série de vantagens em relação as que vivem longe dessas áreas, porque a localidade permite, por exemplo, maior acesso a equipamentos urbanos, que existem em maior número nesses locais.

Em muitos casos, porém, fatores externos atraem alunos de baixa renda para fora das salas de aula, quando as escolas públicas estão em áreas mais ricas.

"Certamente nas séries mais elevadas, como na oitava, isso é um dos fatores bastante possíveis, até porque, as favelas têm uma economia interna dinâmica, que acaba criando possibilidade de emprego como moto-táxi", disse o professor da UFRJ Luiz César de Queiroz Ribeiro.

Em entrevista hoje (5) ao Programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, ele destacou outro fator que contribui para o afastamento dos estudantes de escolas públicas localizadas em áreas mais ricas da cidade.

"Como elas interessam mais aos professores de classe média, porque são escolas que não têm grande dificuldade de acesso como outras da periferia, são mais puxadas do que as outras que se adaptam à localidade", disse. "Isso resulta na reprovação maior dessa população, porque ela já tem uma situação de origem social mais deficiente, com menos chance".

Em outras palavras, acrescenta o professor, o fato de essas escolas serem melhores que as localizadas em outras partes da cidade acaba sendo um efeito meio "perverso".

Ribeiro diz que os estudos vão contribuir para a formulação de políticas públicas. "A questão vem sendo discutida como tema de políticas públicas e como nós podemos tratar as diferentes escolas localizadas em determinados territórios para atender a um público que vai para a escola já com uma série de precariedades".



Extraído de "http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1123869-EI994,00.html"

As Desigualdades Econômicas e Sociais no Brasil

A desigualdade social é um problema que afeta atualmente a maioria dos países, mas principalmente os países menos desenvolvidos. Isso se dá pela distribuição desigual de renda de um país. A desigualdade social vem acontecendo em todos os países e o Brasil é o oitavo país que tem o maior indíce de desigualdade social e econômica no mundo.